O Senador Efraim Filho (União Brasil-PB) apresentou o projeto de lei que cria o Código de Defesa do Contribuinte e endurece as regras contra o chamado “devedor contumaz”.
A proposta, que pode ser votada já nesta terça-feira no Senado, mira empresas e indivíduos que sonegam impostos de forma planejada e repetida.
A aprovação do projeto ganhou impulso após a Operação Carbono Oculto, que revelou um esquema bilionário de sonegação e lavagem de dinheiro ligado ao PCC. O grupo usava postos de combustíveis, fintechs e fundos de investimento para movimentar grandes quantias sem pagar os devidos tributos.
Principais pontos da proposta
O projeto diferencia a inadimplência ocasional, de quem enfrenta dificuldades financeiras, da contumácia, que se caracteriza por dívidas substanciais, reiteradas e injustificadas.
Segundo Efraim Filho, o objetivo é atingir “empresas criadas para fraudar, verdadeiras ‘casca de ovo’, sem patrimônio e em nome de laranjas”.
Mudanças em setores-chave e programas de Incentivo
A proposta também inclui medidas específicas para os setores de combustíveis e fintechs, áreas onde o esquema de sonegação do PCC operava.
Para a venda de combustíveis, o projeto estabelece exigências de capital social mínimo: R$ 1 milhão para revenda, R$ 10 milhões para distribuição e R$ 200 bilhões para produção.
Além disso, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) passará a exigir a comprovação da origem lícita dos recursos e a identificação dos verdadeiros donos das empresas.
Já para as fintechs e instituições de pagamento, o texto prevê que o Poder Executivo poderá definir normas para assegurar a fiscalização, o acompanhamento e a transparência de suas operações, como forma de prevenir a lavagem de dinheiro.
O projeto também cria benefícios para empresas que pagam seus impostos em dia:
Impacto econômico e perspectivas
O senador Efraim Filho destacou o potencial impacto econômico da medida. Ele citou estudos da Receita Federal que estimam que cerca de 1.200 empresas acumularam R$ 200 bilhões em dívidas consideradas irrecuperáveis na última década.
A expectativa é que, com o projeto, entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões possam ser recuperados anualmente.
O parlamentar se mostrou confiante na aprovação da proposta, que já foi discutida com diversos setores, incluindo o Ministério da Fazenda, a Receita Federal e confederações da indústria. Para ele, o projeto representa uma vitória para a concorrência leal e um avanço na luta contra o crime organizado.
Voltar para a listagem de notíciasCliente desde 1990
Cliente desde 2018
Cliente desde 1991
Cliente desde 1993
Cliente desde 1987
Cliente desde 1999
Cliente desde 1998
Cliente desde 1999
Cliente desde 1991
Cliente desde 2015
Cliente desde 2013